Léo Santos, mais conhecido como Herb é o apresentador do programa Brasil in Metal transmitido todos os domingos às 18:00 pela Rádio Blast.
Depois do sensacional ano de 2010, confesso que havia começado 2011 sem muitas esperanças de que o ano seria tão bom quanto o anterior. Felizmente, fui surpreendido. O ano passado acabou se tornando mais um ótimo ano para o metal, tanto nacional quanto internacional.
ByWar - Abduction
Os paulistanos do ByWar mostraram porque desde a década de 90 eles são referência no thrash metal nacional. Abduction é apenas o quarto full-length da banda, mas está entre seus melhores (se não melhor) trabalhos. Paulada na orelha do começo ao fim, sem ficar enjoativo e sem ser repetitivo. Destaque para a música que abre o CD, “Poltergeist Time”, após a introdução “...Fourth Kind”.
Nota: 9,0
Claustrofobia - Peste
O death/thrash metal nacional vem reconhecendo a cada ano que passa o valor de bandas como o Claustrofobia, que já tem mais de 15 anos de carreira, 5 full-lengths gravados, já passaram por diversos lugares e mesmo assim mantém a humildade e a força para participarem de festivais menores, porém que se mantém vivos e com força graças a bandas que dão o sangue com o Claustrofobia. E bota sangue nisso! O quinto álbum da banda, Peste, não é um tapa na cara de ninguém: é um soco e vários pontapés. Sem sombra de dúvidas é o álbum melhor produzido que a banda já fez até o momento, e o único (na humilde opinião desde que escreve) que se iguala (se é que não ultrapassa) o “carro chefe” da banda, Thrasher. Destaque para a faixa-título, que abre o CD, e para “Pino da Granada”.
Nota: 9,0
A Tale Of Decadence - Ecliptyka
Um dos mais belos lançamentos do ano passado. A Tale Of Decadence é o debut desda banda que ganhou muito destaque na mída especializada ano passado, merecidademente, claro. O álbum revelou ao mundo os belos vocais de Helena Martins (que além de cantar muito, é linda) e o instrumental sucinto, porém satisfatório de uma das bandas que mais deram o que falar no ano passado.
O CD conta com ótimas faixas e participações especiais, como Danilo Herbert(MindFlow) e Marcelo Carvalho(Hateful). Talvez, essa seja minha única ressalva sobre o álbum: teria ele ficado tão bom sem essas participações especiais? Elas agregam TANTO ao CD, que me restou a dúvida se a qualidade do álbum seria metade do que foi, caso essas participações não existissem ou fossem menos “ativas” do que foram. De qualquer modo, o álbum foi um dos que mais me agradaram em todo o ano, possui letras críticas e, se eu tivesse que apostar, apostaria que o próximo álbum será ainda melhor.
Nota: 9,5
Demais lançamentos
Como eu havia dito, 2011 teve muitos bons lançamentos, logo não conseguirei falar de todos, mas vale o destaque para os amigos da Phornax, que lançaram o EP Silent War com maestria e com certeza são uma das bandas das quais mais espero boas coisas virem.Foi ano também o lançamento nacional do CD Blind Ride, do Hibria, que foi muito bem aceito pelos fãs do estilo. Destaco também o álbum Youniverse dos brasilienses da Dynahead, o Motion, do Almah e o Animal, dos veteranos do Dr. Sin.
Também dou destaque ao ótimo álbum lançado pelo Krisiun(que está sendo sorteado no Brasil in Metal), o The Great Execution, que traz uma ótima produção e o peso que se espera dos gaúchos sempre, porém, com muito mais técnica e cadência.
Internacionais
Tentarei não me alongar muito nos CDs internacionais, pois para os gringos também foi um ano espetacular.Anthem - Heraldic Device
Os veteranos do Anthem iniciaram o segundo semestre de 2011 mostrando que ainda tem muito sangue nas veias pra fazer um trabalho tão bom quanto qualquer um de sua carreira. Carreira essa marcada principalmente pela grande estabilidade em todos os álbuns, raramente exibindo baixos desempenhos. Com Heraldic Device não foi diferente. Repleto de faixas grudentes, que não saem da sua cabeça, como “The Sign” e “Rockbound”, o álbum foi um dos destaques em um ano cheio de grandes lançamentos na indústria japonesa.
Nota: 9,0
Versailles - Holy Grail
Ainda falando do cenário japonês, 2011 trouxe um excelente álbum de uma banda que particularmente falando, até então eu não via nenhuma graça: o Versailles.
Holy Grail foi, na minha opinião, o melhor lançamento do ano no Japão e um dos melhores álbuns de metal melódico lançados pelo país em anos.O CD se inicia com duas músicas rápidas e repletas de solos “grudentos”, o que tornam delas duas das músicas mais viciantes de todo o CD: “Masquerade” e “Philia”. Na sequência vem, pra mim, a melhor música do álbum: “Thanatos”, uma música muito bem cadenciada, dosando interpretação e peso com os solos antes descritos. Ao longo do CD a qualidade não se perde em nenhum momento, passando por baladas emocionantes como “Remember Forever” e grandes construções de mais de 15min como “Faith & Decision”. Um CD que vale a pena conhecer, principalmente se assim como eu, você nutre ou já nutriu certo preconceito pela banda.
Nota: 9,8
Anthrax - Worship Music
Lendas do thrash metal não morrem. Aí está o Anthrax pra comprovar isso da melhor maneira possível: Worship Music. Um dos CDs mais comentados pelos fãs e bem recebidos pela crítica, este album traz o Anthrax com o máximo de força que poderíamos esperar dos veteranos, porém com muita técnica sobrando.
Nota: 8,5
Iced Earth - Dystopia
Eis boa parte da minha “boa vontade” para escrever esse post, além é claro de que ele seria publicado aqui no Quimeras e de ter sido um pedido da japa preferida do meu coração e de toda Bahia (só os fortes entenderão): falar do Dystopia.
Em minha humilde opinião, melhor lançamento de 2011. O Iced Earth é uma banda que ao longo de sua carreira conquistou muitos e fiéis fãs, tanto na era Barlow como na era Owens.
Assim como foi com o The Glorious Burden, desta vez o clima antes do lançamento era de expectativa para saber como a banda se comportaria com um novo vocalista, após a nova (e aparentemente definitiva) saída de Matthew Barlow. Deixe-me descrever o CD para vocês.
O instrumental não tem nada demais, afinal, qualidade, peso e melodia balanceados e grandes composições já era algo esperado dos trabalhos de Jon Schaffer. Com letras as vezes críticas, as vezes poéticas, as vezes as duas coisas e frases como “We have the power make our lives what they ought to be (...) You are the key to the life that you seek”, a parte de composição do álbum é excelente. Com músicas mais calmas e belíssimas, praticamente baladas, como “Anthem” e “End of Innocence”, que trazem um vocal diversificado e muito versátil de Stu Block, que também mostra essa diversidade vocal nas músicas mais agressivas como “Boiling Point”, mesclando entre graves e agudos.
Com certeza o novo vocal da banda merece grande crédito no trabalho e, novamente em minha opinião, foi o grande destaque de Dystopia (que está sendo sorteado no Rocksblog).
Nota: 10
Ao longo do ano, como eu já disse, bons lançamentos não faltaram, porém, me apegarei apenas a esses três para não aumentar ainda mais esse já enorme post.
Leiam o restante dos posts falando sobre o ano passado, li todos e só temos grandes revisores (com exceção de mim, claro) falando sobre os lançamentos de 2011.
By Herb
Comentários
Postar um comentário