"Metal Brasileiro: Ritmos Brasileiros Aplicados na Guitarra Metal - Novos Caminhos Para Riffs De Guitarra", a proposta sugerida por Alexandre de Orio (guitarrista do Claustrofobia e do Quarteto Kroma), vem em formato de livro e CD. Este lançamento mostra a riqueza dos nossos ritmos e amplia os horizontes de músicos e fãs.
O Quimeras - MetalBlog teve o prazer de conversar um pouco com Alexandre, acompanhe:
Quimeras- Conte-nos um pouco sobre a ideia do livro, suas aplicações e sobre como foi o lançamento.
Alexandre De Orio: A ideia surgiu depois que passei a criar riffs, utilizando livros de bateria como “pano de fundo”.
Compunha os riffs ou partes de músicas para serem usados no Claustrofobia. Queria encontrar algo que me levasse para outro lugar no que diz respeito à composição, que surgisse idéias diferentes, que me levasse para outros caminhos. Foi então, estudando estes livros voltados para levadas de música brasileira que comecei a desenvolver este trabalho. E além de utilizá-los para ajudar nesta parte da criação, comecei a usá-los como uma ferramenta para o estudo de técnica, principalmente vinculado a mão direita, para execução de palhetadas que são muito comuns em riffs de metal. Aí que percebi que estava com um material interessante em mãos e daria para transformá-lo em livro. Passei a desenvolver a parte escrita e depois define que seria melhor lançar em forma de uma Série porque somente o samba, que é o primeiro ritmo na qual eu trabalho neste primeiro volume, já dava muito assunto e tinha muito material, então seria melhor dividir para não perder o foco. Reuni diversas levadas dentro das diferentes vertentes do samba; frases e células rítmicas características deste gênero etc – tudo aplicado na guitarra voltado ao metal. Abre a possibilidade de estudo ou pesquisa para os bateristas também porque vem escrito as partes das levadas de bateria.
Em relação ao lançamento, ainda não teve um oficial, ainda negociarei a distribuição, mas já está à venda no site www.metalbrasileiro.com ou pode tratar diretamente comigo. Há pouco tempo liberei na internet um vídeo de lançamento também, só conferir aqui.
Quimeras- Qual a repercussão que você tem recebido até agora? E o que tem surpreendido mais os leitores?
A.: Tem sido muito boa a repercussão. Ando recebendo várias mensagens, emails parabenizando a iniciativa, pela “sacada” e que vai ser um ótimo material para contribuir com o desenvolvimento do metal. Fico feliz porque a maioria das pessoas entendeu a proposta e isso mostra também que estão com a cabeça mais aberta.
O que tem mais surpreendido a galera é o quanto dá pra ir longe no que diz respeito a criação utilizando estes elementos, mas sem descaracterizar o metal. Por exemplo, sempre comentam nos exemplos do livro em que contém o mesmo riff exemplificado tanto em uma levada de bateria de metal quanto numa levada de bateria de samba, que é de onde a ideia nasceu. Quem ainda não tem o livro, pode assistir o vídeo ou ouça os exemplos no site.
Quimeras- Qual o maior desafio na hora da execução do Samba com o Metal nas guitarras?
A.: Acredito que seja na execução dos ritmos mais sincopados ou com muitos contratempos porque de maneira geral, isso não é uma característica na linguagem do metal, portanto pra quem não está acostumado com isto pode sentir dificuldade. Tem algumas figuras rítmicas também que exigem uma acentuação correta. Se não pode soar outra figura rítmica ou parecer que o ritmo “cruzou”.
Quimeras- Na sua visão o que o Samba pode acrescentar ao Metal e vice-versa?
A.: Estes ritmos sincopados que comentei acima é um ótimo exemplo de algo que podemos acrescentar no Metal. Trazer esse swing e essa ginga que encontramos nos ritmos brasileiros. Agora, é importante ter bom senso e não fazer algo forçado ou meio “caricaturesco”.
Quanto ao Metal no Samba, ainda não sei exatamente; talvez uma “atitude mais agressiva”.
Quimeras- O público destes gêneros tem se mostrado conservadores quanto a mistura que você propõe?
A.: Não, muito pelo contrário, tem apoiado muito e se interessado bastante pelo trabalho e pela forma como o assunto está sendo abordado. Aliás, vou aproveitar para dizer uma frase que o Andreas Kisser escreve no final do prefácio “Crie música sem preconceitos”.
Quimeras- Recentemente o Claustrofobia lançou o excelente álbum Peste. Pouco antes do lançamento vocês soltaram a faixa Nota 6.66 em que há a forte presença do Samba, chegando a assustar muitos fãs (inclusive eu). Até que ponto o seu trabalho com o livro e o CD específicos com essa mistura influenciou a criação do Peste?
A.: Acho que não influenciou diretamente, mas com certeza tem influência. Não só no Peste, mas essas ideias propostas no livro já vem de muito tempo atrás e tem marcas em outros discos, por exemplo, no álbum I See Red tem um riff inspirado em um Frevo, tem uma faixa que tem uma introdução de violão numa levada de Partido-Alto etc. Já estamos tocando juntos há 17 anos, não tem como um não influenciar o outro.
Quimeras- Podemos esperar da sua parte mais misturas inusitadas como esta?
A.: Com toda certeza. Tenho várias outras ideias, mas tenho que me segurar pra não atropelar as coisas. Podem aguardar!
Quimeras- Espaço aberto Alexandre para deixar seu recado. E muito obrigada por esta entrevista!
A.: Primeiramente, obrigado pela entrevista e pela força que você sempre dá ao Claustrofobia e ao underground nacional.
Agradeço a todas as pessoas que me ajudaram neste trabalho desde amigos próximos que participaram do processo do livro até os mais distantes, que de repente ajudaram compartilhando as ideias em redes sociais ou incentivando etc.
Esse livro é um pouco de cada um dos caras do Claustrofobia, do Kroma, pois estamos há muitos anos juntos e eles fazem parte disso também.
Valeu a todos os fãs do Claustrofobia e do Quarteto Kroma!
No vídeo abaixo o guitarrista fala mais sobre o projeto:
Premiere !!Swedens hardest Female fronted metal band new killer musicvideo "Bleeding Sanity"
ResponderExcluirFrantic Amber - Bleeding Sanity watch it here http://seance.blogg.se/ and feel free to share the music video.
Frantic Amber is a female-fronted metal band with members from four different countries (Sweden, Norway, Denmark and Japan) Since the line-up was solified 2010 the band has made two tours to Russia, the latest one in September 2011, as well as a successful gig at Sweden Rock Festival 2011 which also was played in whole in the Swedish National Radio program P3 Rock Live. Frantic Amber performed at the P3 Gold 2012 Awards that was broadcast on swedish national television and radio