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Biografia: After Forever

Tudo começou na Holanda em 1995 por iniciativa de Sanders Gommans e Mark Jansen que se juntaram para fazer alguns covers de Death Metal, nessa época se apresentavam sob o nome de Apocalypse.
Seguiram assim por dois anos, até que a entrada da soprano Floor Jansen provoca uma transformação total na banda, que passa a ter composições próprias e a sonoridade voltada para o Gothic/Symphonic, tendo como principal compositor Mark. Logo sentem a necessidade de rebatizar a banda com um nome menos comercial e que passasse a representar melhor a nova fase, a escolha foi After Forever (sim, o nome veio de uma canção do Black Sabbath).






Como primeira formação da banda temos:



Sanders Gommans (vocais guturais e guitarra):

Mark Jansen (vocais guturais rasgados e guitarra e principal compositor nos primeiros anos da banda)

Floor Jansen (vocal lírico)

Luuk van Gerven (baixo)

Jack Driessen (teclados e sintetizadores)

Joep Beckers (bateria)


Não, Floor e Mark não são parentes, é apenas uma coincidência...

Somente em 1999 vieram os primeiros registros oficiais, as demos "Ephemeral" e "Wings of Ilusions".
Rapidamente essas demos trouxeram retorno, Floor que tinha apenas 19 anos na época, impressionava por sua técnica e afinação. Das várias gravadoras das quais receberam propostas, escolheram um selo local, a Transmission Records.

Em 2000 nascia o primeiro álbum completo da banda intitulado "Prison of Desire".
Estrearam muitíssimo bem nesse cenário de bandas com vocais no estilo "Beauty and the Beast" que encontrava-se em plena ascensão na época.
O instrumental pesado ao mesmo tempo em que encaixava momentos mais eruditos/orquestrados, e a perfeita afinação de Floor em um belo contraste com os guturais de Sanders e Mark.
A capa e a intro "Mea Culpa", sintetizam a inspiração pro tema do álbum, que trata da religiosidade sobre os sentimentos humanos, sobre nossas condutas e conflitos existenciais.
Praticamente todas as faixas se tornaram grandes hinos da banda, mas destaco aqui "Follow In The Cry", "Leaden Legacy" e "Beyond Me" que encerra o álbum, tem que ser citada por além de ser uma bela baladinha, ainda contar com a participação de Sharon Den Adel, vocalista da banda (também holandesa) Within Temptation.

O segundo registro veio rapidamente e as alterações na formação da banda também, saem Joep e Jack, sendo substituídos por André Borgman e Lando Van Gils respectivamente.
"Decipher" foi lançado em 2001, acabou sendo uma continuidade natural do álbum de estréia, porém superior em técnicas vocais, harmônicas e de arranjos, adicionaram ao peso das guitarras e vocais guturais instrumentos como o oboé, violino, viola, violoncelo, cítara.
A quarta faixa do disco "Emphasis" ganhou um videoclipe que ajudou a aumentar a popularidade da banda, já que foi bastante divulgada na TV holandesa.
Com a grande repercussão os dois fundadores começam a ter divergências quanto ao rumo musical que seguiriam; Mark pendia mais para o Gothic/Doom enquanto Sanders o Progressivo.

Em 2002 Mark já não fazia mais parte da banda (no mesmo ano fundou o Epica). Para seu posto foi chamado o guitar tech da banda Bas Maas.

O próximo passo foi o lançamento de um EP e DVD batizado de "Exordium" que contém 6 faixas, sendo duas delas covers, uma de "The Evil Tha Man Do" do Iron Maiden que ficou sensacional e a emocional "One Day I'll Fly Away", conhecida na belíssima voz da cantora de Jazz Randy Crawford.
As outras faixas são: "Line of Thoughts", "Beneath", "My Choice" e "Glorifying Means".

Em 2004 os holandeses entraram em estúdio para produzir o primeiro álbum conceitual da banda, é nesse álbum que o rumo mais progressivo que Sanders queria começou a acontecer.
"Invisible Circles" gira em torno de uma menina de 14 anos, filha indesejada de um jovem casal que está passando por diversos conflitos internos e externos, com a relação em ruínas... Creio que essas composições possam ser usadas em sala de aula para contextualizar e extrair vivências de alunos, levantando discussões e possivelmente ajudando a identificar situações semelhantes e de quebra, ajudar a desmarginalizar o Heavy Metal para a sociedade, mostrando que Heavy Metal não fala só de demônio (pensamento totalmente errôneo que permeia o senso comum até hoje). Enfim, fica a dica aos nossos professores Metalheads.
Outras faixas em destque são "Blind Pain" onde ocorre a discussão entreo casal, "Between Love and Fire" que explora o dualismo da relação e "Eccentric", é a baladinha mais dolorida da banda, mostrando os sofrimentos da menina e o seu sentimento de não querer ser igual a eles (seus pais). Ouso também dizer que quem sofre/sofreu bullying na Escola se identificará e muito com essa letra, isso digo por experiência própria...
Esse álbum é fantástico por explorar um tema tão universal e doloroso, que pode ser "rotina" de muitas pessoas... E que ainda consegue trazer tudo com um lirismo incrível.
Caso algum professor ou psicólogo venha a usar esse álbum em alguma atividade escolar/social, peço encarecidamente que me mande uma mensagem contando a experiência depois.

Ainda em 2004, a formação da banda sofreu outra alteração. O tecladista Lando Van Gils deixa a banda e quem assume seu posto é Joost Van Den Broek.

O quarto álbum veio em Setembro de 2005, "Remagine" pouco lembra o teor gótico que permeava a fama da banda e apresenta composições mais diretas, mais pesadas e com muitos riffs de Heavy tradicional. Posso dizer que aqui muitas composições soam mais otimistas, como em"Boundaries Are Open". A "Only Everything" possui uma atmosfera bem diferente de tudo o que a banda já havia experimentado. "Forever" é outra faixa que destaco por suas melodias e por seu teor "dramático". Nesse álbum cada faixa trata de um tema diferente.
"Being Everyone" ganhou um videoclipe filmado nas cidades do Rio de Janeiro, Belo Horizonte e São Paulo, mesclando cenas em cima do palco e do cotidiano das cidades citadas.

No ano de 1996, começou uma saída conturbada do After Forever de sua gravadora, a banda alegava descontentamento com a pouca promoção que a Transmission fazia de seus álbuns. Mesmo depois de encerrarem contrato, a gravadora lançou uma compilação sob o nome "Mea Culpa" contendo raridades e faixas ao vivo. Fato que incomodou um pouco os integrantes na época.

A próxima gravadora a assinar contrato com Sanders e companhia foi a alemã Nuclear Blast.
Em 2007 saiu o álbum homônimo, que se mostra uma continuação natural de "Remagine" (não tivemos nada inovador aqui).
A performance de Floor sempre impecável tanto em estúdio quanto ao vivo; as composições foram passando do Gótico pro Heavy tradicional, porém sempre com a fórmula singular da banda.
As faixas que se destacam são "Discord" e "Evoke" que já abrem o álbum em grande performance, "Equally Destructive" com seu peso, "Dreamflight" que é um épico de mais de 10 minutos (que só a escutando para se ter uma ideia do poder dela), como saudosista dos tempos góticos da banda destaco "Cry With Smile", em "Who I am" temos a participação de Doro Pesch e um cover de "Lonely" do Heart.

A banda anuncia logo no começo de 2008 uma pausa nas atividades, Sanders Gommans vinha apresentando sucessivos problemas de saúde devido à staff (inclusive teve episódios em que sofreu convulsões em pleno voo), mais tarde foi diagnosticado com Síndrome de Bournout, que é a Síndrome do Esgotamento Profissional.

Mesmo com a banda excursionando o mundo e fazendo sucesso, Sanders nunca parou de dar aulas.
Durante esse hiato da banda, chegou a dar algumas entrevistas afirmando que retornariam aos palcos sim, mas que não haviam previsões... Até que no dia 05 de Fevereiro de 2009 (dia do meu aniversário, diga-se de passagem), foi anunciado o fim definitivo do After Forever.




Todos os integrantes começaram ou continuaram com seus projetos paralelos, Floor fundou o Revamp e tempos depois acabou assumindo o posto de frontwoman do Nightwish, onde permanece até o presente momento.

Mark construiu uma estrondosa carreira com o Epica.
Bas Maas segue como guitarrista de Doro Pesch e Sanders se dedica ainda hoje lecionando e teve uma banda projeto de Thrash Metal chamada HDK, onde convidava vários nomes como Arien Van Weesenbeek, André Matos e Amanda Somerville.             
  
Por mais que pareça que "a banda acabou logo", foi e ainda é muito impactante o trabalho realizado.
Vale a pena conferir e agregar mais um nome à sua lista de bandas conhecidas.



Deixo abaixo uma ótima apresentação da banda no festival ProgPower USA:




E também o videoclipe oficial de "Digital Deceit" do álbum "Invisible Circles":





 
By Harumi







       
 

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